Embora a presença de linhas B patológicas seja com frequência interpretada – erroneamente – como sinônimo de congestão, sabemos que há outras causas importantes e frequentes em doentes críticos que para essa alteração ultrassonografica.
A tabela na imagem a seguir nos mostra como alguns padrões de imagem ultrassonográficos podem auxiliar nessa diferenciação. Alguns pontos chaves para você não esquecer:
1) No edema agudo pulmonar cardiogênico, a distribuição simétrica e relacionada a gravidade das linhas B somada a deslizamento pleural preservado é a marca característica dessa etiologia;
2) Pneumonias virais podem fazer linhas B patológicas de forma difusa, embora geralmente não teremos uma distribuição simétrica e relacionada a gravidade, ao passo que o aspecto pleural pode ser irregular e com deslizamento comprometido;
3) Consolidações subpleurais podem estar presentes em pneumonias virais e bacterianas – o encontro dessas consolidações sugere contra edema agudo cardiogênico;
4) Derrame pleural é infrequente em doença pulmonar intersticial, pneumonias virais e SDRA. No edema agudo cardiogênico costuma ser bilateral e maior a direita, e nas pneumonias bacterianas pode aparecer um derrame parapneumonico no lado acometido;
5) A presença de áreas comprometidas com síndrome intersticial + fragmentações pleurais e/ou consolidações subpleurais entremeadas por áreas poupadas é a característica do padrão na SDRA.